quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Fazer um Som

Fernanda Monteiro de Castro Barros  ( Nanda O Nanda)

          
To com vontade de fazer um som! 
Fazer um som, contigo essa noite!
..Que som!

To com vontade de um batidão! 
Um batidão, contigo essa noite!
... Ai, que bom!

To com vontade de ouvir baixinho,
o que seus suspiros irão musicar!
To precisando de uma Jam session,
Da melhor maneira q da pra relaxar!

To com vontade de morder a fruta,
que a Cassia Eller disse ao cantar:

Amor tranquilo vem tocar comigo!
Fazer um som divino pro vizinho reclamar!

Amor tranquilo vem tocar comigo! 
Fazer um som divino pro vizinho:
Invejar,
Cozinhar,
Namorar,
Ver tv,
E eu sei la,
Escutar,
Reclamar

Mas o som agente faz!

sábado, 28 de julho de 2012

Inocente Demais

Fernanda Monteiro de Castro Barros
E a malandragem que me falta
Não me deixa propagandear,
esse produto sem qualidade,
que do Brasil tenho que provar.

"Bobeira é não viver a realidade"
que "eu não preciso de óculos pra enchergar".
"Eu gosto mesmo é de vida real!"
E uma paisagem bonita não consegue me enganar!!

"E o Rio de Janeiro continua lindo!"
Muita gente rindo, de tanta beleza e dor!
e é nele que vivo agora, com tantos risos e glória,
Fico pensando em quem eu sou?

HAHAHA
Eiiiiiiiita criancinha inocente!
não sabe rir do decadente,
nem da cidade que não da olá!

Mas oque não me falta é coragem,
Pra assumir a minha falta de malandragem!
quando não rio de chorar!

também preciso, na verdade,
assumir que nao sou de bamba!
 Assumir que temos que lutar!
 Assumir que precisamos melhorar!
 Assumir que não sei só samba!huhuh

E mesmo com tanta descrepância
mesmo no contato com tanta falta de semelhanca ,
 mesmo os grupos em estados tao diferentes,
continuamos rindo irreverentes!

E assim continuamos rindo!
mesmo com o jardim contaminado,
desde que não caia pro nosso lado,
o esgoto pode continuar caindo.

Vamos indo e vindo e desfrutando a paisagem!
que vai ser sempre uma miragem,
pra alguns de nós!

Eita crianca inocente,
não aprendeu a rir frequentemente!

 











quinta-feira, 24 de maio de 2012

Andar acompanhado sem correr

a culpa, a culpa é de quem correu  Correu demais até q cansou! A menina nao prometeu nada O cansaço q veio tbm a afetou! Ela deu calmamente cada passo q passou, Ela nao correu, mas o acompanhou! Nao acompanhará mais oq corre e cansa! pq na verdade nunca conseguirá acompanhar tal andamento! Ela Tem criado relacoes Que passam da criacao na mente! Fazem parte do dia a dia, o alimento! Oq vc pensa q fez por alguem pode ser compreendido como insuficiente!  Mas isso tbm aconteceu comigo paralelamente! e isso significa que você Na verdade,  quer muito mais do que posso dar,  E o q sou e dou é quase nada muitas vezes p vc meu bem! Mas pode ter certeza q assim como nao posso só te acompanhar, Vc  nao me acompanha também! Entao, talvez voce tenha só sido o mais corajoso de nós quando mudou, Mas nao venha me dizer agora, logo após  Que na verdade nada mudou entre nós! Não fui eu q corri e cansei aqui! Entao por enquanto fiquemos a sós!  É assim  que acontece com quem corre demais: Quando passa a lideranca fica sozinho!  E consegue sempre deixar alguem pra traz! Eu quero é andar calmamente junto! Andar acompanhada sem correr!

terça-feira, 17 de abril de 2012

Na Zona

Oh mãe negra,
como você faz pra proteger seus filhos?
E o quem seriam as beatches?
Na zona em que todos correm perigo!

Mãe branca! Mulher da Caatinga!
Sertão, sacrifício!
Como consegue, mulher nordestina,
sobreviver a tudo isso?

Na terra onde "o céu deságua em conta gotas",
O suor custa muito caro!
Na terra onde o candomblé é mito e medo,
A dor não é segredo, e pro povo, o descaso!

Ah mãe negra, nordestina,
brasileira pobre, latina!

Como consegue sobreviver?
Te peço por favor, me ensina!
Porque também quero ser mãe um dia,
e ainda tenho muito a aprender, com você!

(Fernanda M. C. Barros)

Meu ideal do Eu

Meu ideal do eu tem um conflito inerente.
E quando menos espero, ele aparece envolvente!

Ele sempre vem, meu bem!
Vem quando estou sozinha!
Me abraça com toda força,
e me chama de minha!

E eu não consigo resistir!
Me sinto inferiormente!Rebaixada!
Não por não conseguir resistir!
Mas por não ser amada!

Meu ideal do eu nunca me ama o suficiente!
Esta sempre me idealizando!
Me cobrando coisas descontente!

Mas como pode ser isso meu amor!
Tenho que à ti ficar resiliente??!
Se é que consigo isso!Tenho tanta dor!
Uma dor de quem se sente inferior!
Dor culpada pelo superego constantemente...
 (Fernanda M.  C. Barros)

domingo, 30 de outubro de 2011

Chuvas de Verão

Fernanda M. C. Barros
Então a chuva toma conta de tudo!
O controle do espaço presente.
O vento vem com alivio e forca
Mudando tudo de repente.

Muda a luz do céu
E da aquela vontade de sair cantando!
Ou aquela vontade de abrir a janela e sentir o vento que vem cortando!

E me da uma sensação feliz de que o mundo todo esta se movendo!
E' a transparência das possibilidades, q muitas vezes não entendo.

E' a fragilidade de nos mesmos em sua forma mais bonita....
E' a fragilidade!
Um choro de felicidade, choro de vida!

Estamos no verão e então a chuva vai embora!
E como se faltasse mais alguma coisa,
O calor logo ao corpo retorna!

As matas sorriem refrescadas !
O mar agradece a boa água!
Fica o quente do verão com agente,
O calor que tanto me agrada!

Chuvas de inverno me inquietam!
Chuvas de verão me tiram de mim!
Comigo e' assim!

domingo, 28 de agosto de 2011

Não Parece Daqui


Fernanda Monteiro de Castro Barros





Tentaram matar o dono do morro,


mas o tal dono não morreu...


chegou com vida ao hospital...


mas por lá permaneceu.






Pois invadiram o hospital,


bem aqui em muríaé!


E com mais tiros foi-se o dono,


Que ja não mais é!






Foi-se também o sossego,


de quem não quer acreditar:


Invadem um pronto socorro!


E em alguém começam a atirar!






Isso não parece daqui,


e nem parece de lá!






O povo nasce sofrendo


e aprende a ver sem chorar!


não da!não da!


não da!não da!






"Porque eu quero sossego!"